O nosso modo de pensar é excludente, se um está certo o outro tem que estar errado e não se trata disso, cada uma tem a sua lógica, seu valor e utilidade.
São abordagens que se aplicam em domínios diferentes.
Deixando de lado a questão de outras dimensões, podemos considerar que há quatro domínios já conhecidos:
– Infinitamente Grande – que trata das galáxias, das nebulosas, dos buracos negros, dos anos-luz, na dimensão astronômica;
– Infinitamente Pequeno – é o mundo das partículas, dos léptons e quarks, prótons e nêutrons, o mundo da física quântica;
– Domínio Sensorial – a atuação dos cinco sentidos no mundo tridimensional da matéria;
– Domínio da Consciência – dos sentimentos, das emoções, da abstração, dos conceitos.
Posso lhe perguntar:
– Com quantos quilos de emoção você fica ao contemplar um pôr do sol?
– Quanto pesa a cor verde?
– Quantos metros mede a sua dor ao amassar o dedinho na porta do carro?
E não há resposta para estas questões porque são categorias que não se aplicam, uma vez que estão em domínios diferentes.
A ciência que tanto sofreu com o fundamentalismo da religião assumiu o mesmo papel: de execrar tudo aquilo que não se encaixa no seu molde: se não é científico, não é aceito.
O mais sensato seria aceitar sua própria limitação.
Os conceitos da física quântica que são do início do século passado, agora é que começam a ser incorporados como modelo explicativo do nosso mundo, e muito lentamente.
Assim é o processo de transição de um paradigma a outro: um embate de forças.
A vitalidade do novo buscando o seu espaço e a resistência conservadora tentando manter seus domínios que se traduz pela dificuldade de assimilação do novo, de novos conceitos, devido a falsa segurança do velho conhecido.