Dr. Antônio Andrade

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Sistema de defesa a dança dos Neurotransmissores

Você está lá, tranquilo, sentado em sua poltrona, talvez lendo um livro ou assistindo a um filme. 

De repente, um movimento rápido, um ruído inesperado, e você salta para o meio da sala como se fosse impulsionado por molas. 

Seu coração dispara, a respiração fica curta e acelerada, e seus músculos se contraem, prontos para a ação: lutar ou fugir. 

É o famoso susto, uma resposta instintiva e ancestral que nos acompanha desde os primórdios da evolução.

Mas o que acontece dentro de você nesse momento? Por que essa reação tão intensa? 

Vamos explorar os bastidores desse drama fisiológico e entender como nosso corpo se prepara para enfrentar o desconhecido.

A Orquestra Interna

Imagine que seu corpo é uma orquestra sinfônica. 

Cada órgão, cada célula, desempenha um papel específico nessa composição. Quando o susto chega, todos os músicos entram em ação, criando uma sinfonia de respostas coordenadas.

O Coração Acelerado: O maestro do seu coração é a adrenalina. 

Ela conduz a orquestra, aumentando a frequência cardíaca e direcionando mais sangue para os músculos. 

O objetivo? Preparar-se para a ação imediata.

A Respiração Ofegante: Os pulmões são os sopros dessa sinfonia. 

Eles se expandem rapidamente, permitindo que mais oxigênio entre e alimente os tecidos. 

Afinal, você precisa de energia para enfrentar o perigo.

A Musculatura Contraída: Os músculos são os instrumentos de corda. 

Eles se enrijecem, prontos para saltar, correr ou lutar. 

É como se cada fibra estivesse afinada para a sobrevivência.

Os Neurotransmissores em Festa: No backstage, os neurotransmissores estão agitados. 

A adrenalina, a noradrenalina e outros coadjuvantes entram em cena. 

Eles se comunicam entre os neurônios, transmitindo mensagens urgentes: “Atenção! Perigo à vista!”

A Interpretação do Estímulo

Aqui está o ponto crucial: a maneira como interpretamos o estímulo. 

Quando algo nos assusta, nosso cérebro avalia a situação. 

Se ele percebe risco, perigo ou ameaça, aciona o alarme geral. 

É como se dissesse: “Preparem-se, pessoal! Estamos sob ataque!”

Mas e se o mesmo estímulo fosse interpretado de outra forma? 

Digamos que você estivesse em um parque de diversões, prestes a entrar na montanha-russa. 

O mesmo movimento rápido e o mesmo ruído, mas agora você ri e se diverte. 

Seu corpo não entra em modo de defesa. Por quê? Porque a interpretação mudou.

O Sistema de Defesas Completo

Quando você se assusta, não é apenas o corpo que reage. 

Sua mente e suas emoções também entram na dança. 

O medo, a ansiedade e a urgência de agir são parte desse pacote. 

É um sistema de defesas completo, ativado em frações de segundo.

Então, da próxima vez que você pular da poltrona com o coração na boca, lembre-se: não são apenas as substâncias químicas que causam a reação. 

É a interpretação, a percepção do risco, que coloca todo o espetáculo em movimento. 

E você, meu caro espectador, é o protagonista dessa trama emocionante.

Médico, Parapsicólogo e Escritor | CREMESC 2.372

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