A dualidade é um conceito filosófico que afirma que a realidade é composta por pares de opostos, como bem e mal, luz e trevas, ordem e caos, masculino e feminino etc.
A dualidade implica em uma separação, uma oposição, uma contradição entre os dois pólos de cada par.
A dualidade também implica em uma hierarquia, uma preferência, uma valorização de um polo sobre o outro.
A dualidade, portanto, gera conflito, tensão, desequilíbrio e sofrimento.
No entanto, a dualidade não é a única forma de compreender a realidade.
Existe outra perspectiva, que é a da unidade, da integração, da complementaridade, da harmonia entre os opostos.
Essa perspectiva reconhece que os opostos não são excludentes, mas sim interdependentes, inter-relacionados, interpenetrados.
Essa perspectiva reconhece que os opostos não são fixos, mas sim dinâmicos, mutáveis, transitórios.
Essa perspectiva reconhece que os opostos não são absolutos, mas sim relativos, contextuais, circunstanciais.
Um exemplo de como a dualidade pode ser superada pela unidade é o tema da vida e da morte.
A dualidade nos faz pensar que a vida e a morte são opostas, que a vida é boa e a morte é ruim, que a vida é desejável e a morte é indesejável, que a vida é o princípio e a morte é o fim.
A dualidade nos faz temer a morte, negar a morte, evitar a morte, combater a morte. A dualidade nos faz sofrer pela morte, chorar pela morte, lamentar pela morte, revoltar-nos pela morte.
Mas a unidade nos faz perceber que a vida e a morte não são opostas, mas sim partes de um mesmo processo, de um mesmo ciclo, de uma mesma essência.
A unidade nos faz perceber que a vida é nascimento e morte, que a vida é transformação e renovação, que a vida é mudança e evolução.
A unidade nos faz aceitar a morte, compreender a morte, respeitar a morte, integrar a morte.
A unidade nos faz celebrar a morte, agradecer pela morte, aprender com a morte, transcender a morte.
A dualidade não é vida x morte, mas a vida é nascimento e morte.
A vida é um fluxo contínuo de criação e destruição, de expansão e contração, de manifestação e dissolução.
A vida é um equilíbrio dinâmico entre as forças da natureza, entre as energias do universo, entre as expressões da existência.
A vida é uma dança cósmica entre os opostos, que se atraem, se repelem, se fundem, se separam, se completam, se transformam.
A vida é uma aventura misteriosa, uma oportunidade única, uma experiência sagrada, uma obra de arte.